- Área: 17320 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Hufton + Crow
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Fabricantes: Troldtekt
Descrição enviada pela equipe de projeto. Contexto: A Escola de Arte de Manchester celebrou em 2013 seu aniversário n° 175. Ela é uma das instituições mais antigas do seu gênero no Reino Unido, sendo fundada no século XIX para manter esta região no mercado internacional e assim, apoiar o desenvolvimento da indústria regional.
Atualmente, ela faz parte da Universidade Metropolitana de Manchester e seu objetivo principal continua sendo reduzir a distância entre a educação e a vida profissional.
O novo edifício celebra a relação de distintas disciplinas de arte e desenho, que anima os estudantes do século XXI a trabalharem junto aos demais e desfrutar da mistura de estilos ao invés de concentrar-se sempre nas diferenças. Com uma enorme abertura frontal, o edifício é também uma obra imponente, produto que mostra o trabalho de todos que passam por ali.
Hoje em dia, a Escola é uma das líderes no gênero da arte e desenho no país, contando com quase 3500 estudantes de diferentes disciplinas. Situada dentro de uma série de edifícios vitorianos e pós-guerra, a Escola conforma o limite sul da nova construção do Parque de Todos os Santos, uma praça no centro do campus, em pleno coração da cidade. A ampliação da Escola de Arte consta de novos edifícios destinados a salas de estudo, oficinas, uma galeria e a restauração de 9000 m² de uma torre de artes e pedestal que datam o ano de 1960.
Conceito: O desenho do FCB para Escola de Artes de Manchester proporcionou um espaço atrativo e animado para trabalhar e estudar, ajudando a reafirmar, tanto a escola de arte quanto o perfil da Universidade no cenário nacional. O Decano da Faculdade, o professor David Crow, descreve o projeto como "um espaço muito emocionante onde tudo é possível e tudo é relevante".
A essência do programa de atividades do edifício compreende estudos abertos, oficinas e espaços docentes (espaço conhecido como "O Galpão de Desenho"). Um segundo elemento é uma "Galeria Vertical" de 7 pavimentos. Esta é a peça de união entre a Torre de Artes de 1960 (conhecida como o Edifício de Chatham) e o novo edifício. Esta galeria vertical proporciona um espaço expositivo até a saída e atua como uma vitrine para escola.
A espacialidade do Estúdio Híbrido: O espaço de estudo é aberto e enfatiza o trabalho colaborativo em um ambiente inerentemente criativo. Os estudantes e os trabalhadores da Escola contam com um amplo espectro de disciplinas de desenho contemporâneo, podendo trabalhar em projetos numa escala de íntima proximidade comunitária.
Essa proximidade fomenta o intercambio de ideias técnicas e metodologias de uma maneira que anteriormente era impossível. O Estúdio Hídrido é também um ambiente no qual os estudantes podem mostrar com orgulho seus trabalhos em um entorno leve e fácil de ser explorado.
Materiais: Como um edifício para artistas e um lugar para o ensino e aprendizagem de Arte e Desenho, a transparência e a articulação dos materiais foi crucial, assim como a qualidade das texturas e tons no interior. O interior do estúdio é feito de concreto de três diferentes tipos, criando assim, distintas atmosferas.
A superfície áspera é utilizada no lado posterior das escadas, conferindo uma sensação de estrutura inacabada; as colunas pré-fabricadas de concreto de pé-direito duplo articulam o desenho do espaço central da nave, interrompido por quatro colunas decorativas muito especiais, feitas no início do século XX, em um desenho de papel de Lewis F Day, um desenhador renomado na sua época, contemporâneo a Walter Crane, tutor na Escola de Arte de Manchester.
Um material secundário, mas importante, é o uso de revestimentos de madeira nas escadas e corredores que se estendem até a galeria vertical. A escolha deste material proporciona uma sensação de aconchego que suaviza as linhas duras do metal e do concreto que conformam a estrutura.
Colaboração: Trabalhar com clientes que são artistas e desenhistas em um edifício destinado a formação destes alunos foi uma experiência maravilhosamente rica para nós. O nível de colaboração foi excepcionalmente alto e trabalhamos com cliente através de processos de prova, reformulando as ideias e encarando sempre o desenho como um processo interativo e criativo.